Após megaoperação no Rio, Alcolumbre determina instalação de CPI do crime organizado.

Comissão irá apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções.

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Após megaoperação no Rio, Alcolumbre determina instalação de CPI do crime organizado.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) - Divulgação/ Agência Brasil.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), marcou para a próxima terça-feira, 4, a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a estrutura e o funcionamento do crime organizado.

"A comissão irá apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções", diz Alcolumbre, em comunicado.

A decisão vem depois de uma operação policial no Rio de Janeiro contra a organização criminosa Comando Vermelho deixar, ao menos, 119 mortos, segundo o governo do Estado. Já segundo a Defensoria Pública, o saldo de fatalidades é de 132 pessoas. O presidente do Senado voltou a defender a união das instituições públicas contra as organizações criminosas.

"É hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições do Estado brasileiro, assegurando a proteção da população diante da violência que ameaça o País", afirmou.

A criação da CPI atende a um requerimento apresentado em fevereiro deste ano pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE). O documento foi lido por Alcolumbre em junho.

Vieira pretende ficar com a relatoria da CPI, apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A escolha, no entanto, ainda carece de acordo, uma vez que depende também de quem presidirá o grupo.

“O crime organizado é uma ameaça que ultrapassa fronteiras estaduais — é um problema nacional e uma tarefa do Estado. Temos trabalhado no Senado Federal no endurecimento das penas e vamos instalar agora a CPI do Crime Organizado para investigar tudo e tentar devolver um pouco de sossego aos brasileiros”, afirmou a líder do PP, senadora Tereza Cristina. 

Conforme a senadora, a segurança pública é prioridade para todos os brasileiros, mas o governo federal prefere gastar centenas de milhões em propaganda antecipada e programas eleitoreiros.

"O Rio, cartão postal do Brasil, sangra abandonado, e os moradores não podem continuar vivendo sob o domínio do medo”, criticou Tereza Cristina.

O colegiado contará com 11 integrantes titulares e 7 suplentes. O prazo de funcionamento é de 120 dias. Pelo requerimento, o limite de despesas da CPI será de R$ 30 mil.

Entre os parlamentares já indicados estão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sérgio Moro (União-AP), Jaques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.