Bolsonaristas marcam segundo ‘adesivaço’ em Campo Grande para pedir anistia e ‘Fora Moraes’

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Bolsonaristas marcam segundo ‘adesivaço’ em Campo Grande para pedir anistia e ‘Fora Moraes’

Bolsonaristas marcaram o segundo adesivaço em Campo Grande para pedir anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 e o impeachment do presidente Lula (PT) e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. A direita iniciou manifestações após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser alvo de operação da Polícia Federal, na última sexta-feira (18), e passou a usar tornozeleira eletrônica e cumprir toque de recolher por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

A primeira manifestação ocorreu em Campo Grande, na última quarta-feira (23). O grupo em frente ao shopping na principal avenida da Capital segurou cartazes e entregou adesivos que pedem anistia e #ForaMoraes. Cerca de 45 pessoas participaram do ato. 


 

Já o segundo protesto foi agendado para às 17h30, de sexta-feira (25). A concentração será em frente ao Ministério Público, na Avenida Afonso Pena, na esquina com a Rua Alagoas. 

Bolsonaristas pretendem marcar uma série de manifestações até 3 de agosto, quando deve ocorrer um buzinaço na Avenida Afonso Pena. A concentração será na Praça do Rádio. 

Metas pró-Bolsonaro
Na última segunda-feira (21), o PL (Partido Liberal) definiu três metas pró-Bolsonaro. Entre elas, estão mobilizações pelo país a favor do ex-presidente. Em Campo Grande, estão previstas uma série de outras manifestações até 3 de agosto, quando deve ocorrer um buzinaço.

Outra pauta que o partido de Bolsonaro definiu como prioridade da Bancada Federal, após recesso, será defender a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. 

Em coletiva de imprensa, o líder do PL na Câmara dos Deputados Federais, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmou que a PEC 333 será outro ponto de trabalho dos políticos. O texto prevê o fim do foro especial por prerrogativa de função no caso dos crimes comuns. A intenção é colocá-la em discussão no Congresso Nacional. 

Operação mira Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, na última sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Bolsonaro terá de usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi à superintendência da PF em Brasília com carro próprio, para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições, incluindo:

Proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;
Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos fins de semana;
Proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
Impedimento de acesso a redes sociais;
Restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.
A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro, em Brasília e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.

As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.

Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga. As medidas fazem parte da PET nº 14129, em andamento no Supremo Tribunal Federal.

Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.