Defesa de Celso Eder contesta provas e pede anulação de processo.
Em 2017, empresário foi preso pela Operação Ouro de Ofir. Defesa demonstra que não há relação de Celso Eder com os crimes denunciados.
Denunciado durante a Operação Ouro de Ofir, de 2017, o empresário Celso Eder Gonzaga de Araújo, por meio de sua defesa, argumentou que a denúncia apresentada contra ele é vaga e genérica e não apresenta vítimas ou elementos que comprovem seu envolvimento nos delitos descritos pela acusação.
O ponto central apresentado pela defesa do empresário é a ausência de representação das supostas vítimas do esquema. Ou seja, apesar de a denúncia alegar que milhares de pessoas foram lesadas, nenhuma vítima se manifestou formalmente para denunciar Celso Éder pelo crime.
Segundo a defesa, a ausência de representação esbarra na Lei 13.694/2019, que condiciona o andamento da ação penal à existência de manifestação das vítimas.
De acordo com o inquérito, o denunciado teria firmado contratos falsos e utilizado a fé de vítimas para obter vantagens financeiras. No entanto, a defesa de Celso Éder contesta e aponta falhas legais e a ausência de provas concretas que vinculem o acusado aos crimes.
“Laudos grafotécnicos, por exemplo, comprovaram que as assinaturas atribuídas a Celso Éder em contratos supostamente fraudulentos não foram feitas por ele.
Além disso, não há registros de valores, recibos de importâncias recebidas, e-mails ou mensagens que indiquem sua participação em atos criminosos”, explicitou a defesa.
A defesa ainda explicou que as provas utilizadas para embasar a acusação foram obtidas de forma ilícita, a partir de uma delação anônima, e não possuem o rigor necessário para sustentar uma condenação.
“A denúncia utilizou somente termos genéricos, sem descrever condutas individualizadas, sem apontar, com clareza e especificidade a atuação de cada um dos acusados, situação essa que está a redundar na inépcia da denúncia”, completou a defesa.
Sobre a Operação
A Operação Ouro de Ofir, deflagrada pela Polícia Federal há sete anos, investigou um esquema de pirâmide financeira que prometia altos retornos financeiros aos investidores.
Os organizadores do esquema alegavam ter acesso a um montante bilionário em ouro e prometiam multiplicar o dinheiro dos investidores em pouco tempo.
Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.