‘É preciso separar questão política de consequência econômica’, diz Nelsinho sobre tarifaço de 50%.
O senador Nelsinho Trad (PSD) prefere não comentar se o tarifaço de 50% que Donald Trump anunciou para a exportação do Brasil para os Estados Unidos vai favorecer a Esquerda ou a Direita. O parlamentar, que também é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, ressalta que não é o momento de misturar questão política com consequências econômicas diretas.
“A decisão dos Estados Unidos de impor novas barreiras comerciais a produtos brasileiros precisa ser analisada com responsabilidade e cautela. Neste primeiro momento, é fundamental separar a questão política das consequências econômicas diretas, que atingem principalmente o agronegócio e a indústria nacional”, explicou.
Nelsinho adianta que segue acreditando na diplomacia como caminho para preservar o equilíbrio nas relações bilaterais e defender os interesses do Brasil, acima de disputas ideológicas ou partidárias.
“Nosso foco deve estar na preservação das relações comerciais, no restabelecimento do diálogo institucional e na compreensão mais aprofundada das motivações dessa medida. É possível que outros fatores também estejam em jogo, como a posição brasileira em temas de relevância global — a exemplo dos conflitos internacionais e do recente posicionamento no âmbito do Brics sobre o papel do dólar no comércio mundial”.
Entenda:
A decisão do presidente dos Estados Unidos foi anunciada na quarta-feira (9) e dividiu opiniões. Enquanto aliados do governo apontam interferência da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição culpa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela deterioração nas relações com os EUA.
Após uma série de embates e troca de farpas nas redes sociais com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi definida a porcentagem sobre os produtos importados do Brasil. Trump fez o anúncio na rede social Truth Social, onde menciona perseguição do STF (Supremo Tribunal Federal) ao ex-presidente Bolsonaro.
Além disso, o norte-americano diz ainda que as relações comerciais entre o Brasil e os EUA são injustas. Até o momento, Donald Trump já definiu tarifas de ao menos sete países, sendo o Brasil com o maior percentual.
Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.