Juiz dá ‘ultimato’ para réus por corrupção no esquema de Claudinho Serra.

Publicado em
Juiz dá ‘ultimato’ para réus por corrupção no esquema de Claudinho Serra.

O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva deu ultimato para que três réus por esquema de corrupção comandado por Claudinho Serra (PSDB) em Sidrolândia apresentem defesas na ação penal da Tromper.

Conforme despacho, o magistrado manda intimar pessoalmente três acusados a constituírem advogado e apresentarem a resposta à acusação, a qual é a primeira defesa do réu no processo.

Assim, três envolvidos no esquema ainda não se manifestaram na ação referente à 3ª fase da Operação Tromper. São eles: Ueverton da Silva Macedo, o Frescura (empresário preso); Ricardo José Rocamora Alves (empresário); e Roberta de Souza, acusada de ser laranja no esquema.

Vale ressaltar que Ueverton está preso desde outubro do ano passado. Ele e Rocamora foram condenados a penas de 37 e 28 anos, respectivamente. Além disso, Frescura foi condenado por obstrução da Justiça, ao esconder celular que o Gaeco nunca apreendeu, justamente no dia da operação.

Assim, caso eles não se manifestem após os cinco dias dados pelo juiz, a Defensoria Pública será acionada a fim de fazer a defesa dos réus, para o processo seguir o trâmite legal.

Os três operavam o esquema chefiado por Serra, de quando atuava como secretário de Finanças de Sidrolândia, na época em que a sogra, Vanda Camilo, era prefeita.

Eles abriram empresas que venciam licitações com cartas marcadas na prefeitura. Para cada contrato vencido, 10% do valor era repassado como uma espécie de dízimo a Claudinho Serra.

O processo ao qual os réus podem ser atendidos pela Defensoria faz parte da 3ª Fase da Operação Tromper. No início de junho, o Gaeco deflagrou a 4ª fase, que prendeu novamente Serra, seu assessor, Carmo Name Júnior, e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia, da GC Obras.

Inclusive, mesmo com o dono preso por corrupção, a empreiteira ganhou, mês passado, licitação de R$ 15 milhões da Agesul. A empresa é a mesma em que investigadores encontraram, em 2023, caderno de anotações com o nome de Sérgio de Paula, ex-presidente do PSDB, que não consta como investigado na operação.

Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.