O ex Governador Reinaldo Azambuja encaminha migração ao PL e deve assinar ficha de filiação em 15 dias.

Após quase 30 anos no ninho tucano de Mato Grosso do Sul, o ex-governador Reinaldo Azambuja encaminhou, na manhã de ontem, o ingresso no PL e deve assinar em até 15 dias a ficha de filiação no partido do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro para tentar se eleger para uma das duas vagas ao Senado nas eleições gerais de 2026.
Em conversa com o Jornal TOPS DO MS NEWS depois do encontro que teve, em Brasília, com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com o secretário-geral da legenda, senador Rogério Marinho, ele já falava como mais um integrante dos quadros do partido, o qual comandará em Mato Grosso do Sul com a missão de fortalecer a sigla regionalmente.
“Nossas tratativas avançaram bastante porque o Valdemar e o Rogério entendem que a minha ida para o PL também levará para a legenda outras lideranças políticas do Estado, como deputados, prefeitos e vereadores”, declarou, reforçando que vai para a sigla “para somar e multiplicar, não para dividir”.
Azambuja completou que a conversa foi muito positiva e serviu para alinhar com as duas lideranças nacionais do PL o objetivo de construir um partido mais forte no Estado.
“Queremos dar mais musculatura política, respeitando também as lideranças que já estão no partido. Por isso, vou conversar com quem ainda não falei, pois não quero excluir ninguém”, avisou, mandando um recado para os descontentes com a sua chegada.
Para finalizar, o ex-governador revelou que já marcou um novo encontro com os caciques do PL em Brasília para daqui duas semanas, quando deve aparar as últimas arestas e, provavelmente, já assinar a ficha de filiação ao partido, pondo fim a uma “novela” que se arrasta desde o ano passado.
Na ocasião, após uma reunião com Bolsonaro, teria ficado acertado o apoio do ex-presidente à candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB) a prefeito de Campo Grande em troca da chegada de Azambuja ao PL para sair candidato a senador.
UMA VIDA
Filiado ao PSDB desde 1996, quando disputou e venceu a eleição para prefeito de Maracaju, Azambuja derrotou Germano Francisco Bellan (PDT) e Luiz Gonzaga Braga (PTB).
Ele venceu o pleito com 44,03% dos votos válidos e, quatro anos depois, foi reeleito prefeito, com 61,61% dos votos válidos, superando Albert Cruz Kuendig (PT).
Em 2006, elegeu-se deputado estadual e obteve a maior votação da história de Mato Grosso do Sul para a época, atingindo cerca de 47.772 votos válidos.
Quatro anos depois, em 2010, ganhou a eleição para deputado federal com cerca de 122.213 votos válidos.
No exercício do mandato, ele se candidatou a prefeito de Campo Grande em 2012, obtendo 113.629 votos no primeiro turno, equivalente a 25,43% dos votos válidos, votação insuficiente para avançar ao segundo turno.
Apesar da derrota nas eleições municipais, Azambuja não se deixou abalar e, em 2014, concorreu ao cargo de governador, sendo eleito ao derrotar o então ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho (PMDB) e o senador Delcídio do Amaral, que estava no PT.
Ele terminou o primeiro turno em segundo lugar, revertendo a colocação e se elegendo governador no segundo turno, com 55,34% dos votos válidos, contra Delcídio do Amaral.
Em 2018, Azambuja concorreu à reeleição e, novamente, venceu no segundo turno do pleito, derrotando o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT), com 52,35% dos votos válidos.
O ex-governador também é o primeiro a fazer um sucessor em Mato Grosso do Sul, pois conseguiu eleger Eduardo Riedel (PSDB) para o cargo.
Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.