O presidente do partido PL Valdemar Costa Neto é a favor da anistia ampla, que inclui o ex presidente Jair Messias Bolsonaro.

Líder nacional do PL afirma ser contra anistia light, a qual reduz a pena dos condenados pelo 8 de janeiro.

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O presidente do partido PL Valdemar Costa Neto é a favor da anistia ampla, que inclui o ex presidente Jair Messias Bolsonaro.

Presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, responsabiliza o atual governo pela falta de policiamento durante o ato antidemocrático de 8 de janeiro - Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado.

Na manhã deste domingo (21), durante o evento que selou a filiação de Reinaldo Azambuja ao Partido Liberal (PL), o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, afirmou ser a favor da anistia ampla dos julgados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

"Esse negócio de dar anistia light, diminuir a pena, o cara continua com o processo, é um inferno. Esse pessoal que estava lá no dia 8 de janeiro, 99% que foi preso não estava dentro dessa história, estava gritando lá fora para não quebrar", afirmou o líder nacional do partido.

Valdemar responsabiliza o atual governo pela falta de policiamento durante o ato antidemocrático.

"Eles não puseram policiamento, eles já estavam no governo e fizeram de propósito, e aí nós pagamos o pato".

Por fim, o líder da sigla afirmou que o partido irá votar e "brigar" a favor da anistia ampla. Este pensamento está alinhado ao de Bolsonaro, que pediu para seus aliados trabalharem contra a "anistia light".

Anistia Light
Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) escolheu o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) como o novo relator do projeto de lei da anistia.

"Anistia ampla, geral e irrestrita é impossível. Acho que nós vamos ter que fazer algo que não agrade nem a direita e nem a esquerda, mas que agrade a maioria da Câmara", afirmou o relator.

Setores do Congresso Nacional e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) debatem um possível texto alternativo da anistia, que traga apenas a redução de penas aos envolvidos pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

A "anistia light", como tem sido chamada, se diferencia do projeto original porque não impõe um perdão judicial. Dessa forma, não teria um impacto tão grande nas penas aplicadas a Bolsonaro e outros parlamentares condenados no dia 11 de setembro, mas mexeria na situação dos julgados pelos atos antidemocráticos.

O novo projeto envolve:

Redução de penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Agravamento da pena se a abolição violenta do Estado Democrático de Direito for cometida mediante tentativa de golpe de Estado;
Criação de um tipo penal específico, com penas menores, para quem comete crimes contra a democracia influenciado por multidão, mas sem ter exercido papel de liderança ou financiamento;
Aumento da pena para quem liderar atos antidemocráticos.
Em relação a urgência no projeto de anistia, os deputados de Mato Grosso do Sul votaram da seguinte maneira: 

A favor da urgência na anistia: 

Beto Pereira (PSDB)
Dagoberto Nogueira (PSDB)
Luiz Ovando (PP)
Marcos Pollon (PL)
Rodolfo Nogueira (PL)
Contra

Geraldo Resende (PSDB)
Camila Jara (PT)
Vander Loubet (PT)

Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.