Palestra promovida pela Comissão de Assuntos Tributários debate sobre os impacto da PEC 110 para os municípios.

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Palestra promovida pela Comissão de Assuntos Tributários debate sobre os impacto da PEC 110 para os municípios.

Ainda em trâmite no Senado Federal e de extrema importância já que terá grandes reflexos, sejam negativos ou positivos, no bolso de todos os cidadãos brasileiros, a Reforma Tributária foi tema de palestra promovida pela Comissão de Assuntos Tributários da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), na manhã desta quinta-feira (25). O Presidente da OAB/MS Mansour Elias Karmouche prestigiou o evento.

‘Impactos da PEC 110 para os municípios’ foi o tema abordado e o Secretário Municipal de Finanças e Planejamento de Campo Grande Pedro Pedrossian Neto foi o convidado para falar sobre o assunto. Segundo ele, a PEC propõe a implementação de um modelo conhecido como “dual” que unifica os impostos federais e cria uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Nas esferas estadual e municipal, o ICMS e ISS se fundem no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Pedro Pedrossian Neto explicou que a alíquota do novo imposto poderá variar entre os entes federativos, mas será uniforme para todas as operações com bens e prestações de serviços. Além disso, dará autonomia de cada ente federativo para fixar sua própria alíquota, tendo em vista que a PEC 45 tinha alíquota única nacional.

Em ambas as proposições (PEC 100 e PEC 45), a alteração do Sistema Tributário Nacional tem como principal objetivo a simplificação e a racionalização da tributação sobre a produção e a comercialização de bens e a prestação de serviços, base tributável atualmente compartilhada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

O Secretário Municipal de Finanças e Planejamento também enumerou alguns pontos problemáticos da PEC 100 como: elevação da carga tributária do setor de serviços (2/3 do PIB); dois sistemas tributários rodando em paralelo por 6 anos; transição federativa de 20 anos; pouco incentivo para que os municípios fiscalizem o IBS; aumento da demanda por serviços públicos (saúde e educação mais caros) e perda potencial de receita dos município.

Idealizadora do evento, junto aos demais diretores e membros da Comissão, a Presidente Janaína Galeano avaliou o debate de extrema necessidade não apenas para o município, mas para toda a sociedade, tendo em vista que de alguma forma refletirá na vida financeira de todos. “Como apresentado pelo palestrante, caso a PEC entre em vigor haverá um momento em que a tributação dos serviços e circulação de mercadoria chegará em 30%. A PEC traz também algumas vedações de benefícios fiscais atrativos para empresas que se instalem em municípios como o nosso. Sabemos que existem exceções para esses benefícios previstas em lei complementar nacional, mas não sabemos como essa Lei será repercutida e se pequenos municípios de fato serão privilegiados”.

Palestra promovida pela Comissão de Assuntos Tributários debate sobre os impacto da PEC 110 para os municípios.

Palestra promovida pela Comissão de Assuntos Tributários debate sobre os impacto da PEC 110 para os municípios.