Passaporte vacinal, maquiado de selo “Evento Seguro”, tem voto contrário do vereador Tiago Vargas.

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Passaporte vacinal, maquiado de selo “Evento Seguro”, tem voto contrário do vereador Tiago Vargas.

O vereador Tiago Vargas (PSD) votou contra o Projeto de Lei que criaria o selo “Evento Seguro”, que reconhece estabelecimentos que promovem atividades culturais e de turismo que obedeçam às medidas de biossegurança no combate à covid-19. A proposta foi apresentada durante sessão desta quinta-feira (9). Para o parlamentar, a medida é mais um passaporte sanitário disfarçado.

Tiago Vargas rejeitou o projeto por entender que o selo tira a liberdade de ir e vir do cidadão. O vereador, que já foi contra a proposta do Partido dos Trabalhadores (PT), que queria a implantação de um passaporte de vacina, não aceita projetos que restrinjam o acesso das pessoas aos locais públicos ou privados, pelo fato de elas não estarem vacinadas.

O projeto, que é do Professor André Luis (Rede), pede a realização da testagem de todos os participantes no período máximo de 48 horas, antes do início do evento. Ainda consta no PL a exigência de comprovante de vacinação da primeira e segunda dose de todos os participantes. Lembrando que os responsáveis pelos locais dos eventos culturais e turísticos não seriam obrigados a adotarem tal regra, ou seja, seria uma medida opcional.

“Meus amigos, se vocês não comprovarem que tomaram a primeira e a segunda dose da vacina contra a covid-19, vocês estarão proibidos de participar de certos eventos”, disse Tiago Vargas, durante sessão ordinária.

“Meu voto é não contra este absurdo, pois acredito que o selo é um passaporte de vacina disfarçado, que foi posto em votação nesta Casa de Leis. Não aceitarei que tirem a nossa liberdade”, protestou.

O projeto teve a rejeição de 15 vereadores, contra 9 a favor, o que derrubou a proposta sem segunda discussão.