Senadora Tereza Cristina diz estar otimista com acordo econômico entre Mercosul e União Europeia.
O acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia foi fechado em dezembro de 2024, após mais de duas décadas de negociações, entretanto, precisa ser ratificado pelos países-membros.
A senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP) afirmou que o Brasil tem hoje a chance de aproveitar a crise tarifária gerada pelos Estados Unidos para ganhar novos mercados internacionais, e disse estar otimista com a conclusão de um acordo econômico entre Mercosul e União Europeia. “Você pode ganhar em determinados momentos, nas crises. Eu vejo hoje a Europa olhando diferente para o Brasil”, avaliou.
O acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia foi fechado em dezembro de 2024, após mais de duas décadas de negociações, entretanto, precisa ser ratificado pelos países-membros, visa aprofundar a integração econômica e comercial entre os dois blocos.
Diante da possibilidade, a senadora julga que, diante das incertezas criadas pelos Estados Unidos, há maior interesse dos europeus em garantir o fluxo de mercadorias do Mercosul para a Europa.
As declarações ocorreram nesta terça-feira (6) durante o evento Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Autora do projeto de reciprocidade econômica, a senadora disse que o momento é de muita cautela. “Essa lei foi concebida inicialmente lá em 2023 para o Brasil ter uma blindagem, uma proteção contra a lei antidesmatamento da União Europeia”, explicou.
“Quando você faz uma lei, você não pode fazer uma lei para um bloco ou para um país. Você tem que fazer uma lei para todo o comércio mundial com quem o Brasil tem relações. A lei da reciprocidade foi feita para blindar e proteger o Brasil de qualquer situação injusta”, acrescentou.
Conforme a senadora, a lei da reciprocidade pode ser aplicada, se necessário, mas ela foi feita com muito cuidado e muita responsabilidade, para que a retaliação (entre países) seja a última opção”.
Estiveram na mesa redonda o presidente da CNA, João Martins, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP- PR). O mediador da primeira rodada de debates foi o jornalista da CNN, William Waack.
Os participantes do evento discutiram ainda os desafios que o agronegócio enfrentará neste ano, como dificuldades de crédito no Plano Safra, falta de recursos para o Seguro Rural e dificuldades de logística e armazenagem.
O governador de São Paulo fez um discurso em que elogiou o setor e prometeu que seu Estado será o primeiro a se descarbonizar, a começar pelas atividades rurais. “A prosperidade veio do trabalho incessante das mulheres e homens do campo. Temos de ter orgulho de ser uma potência agroambiental”, finalizou Tarcísio.
Saiba:
Acordo possui 27 países europeus além de Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.