Em audiência, Vereador Prof. André Luis defende realização de concurso público como solução para previdência municipal.

Publicado em
Em audiência, Vereador Prof. André Luis defende realização de concurso público como solução para previdência municipal.

Nesta sexta-feira (22), o vereador Professor André Luis secretariou a audiência pública realizada para debater a valorização dos servidores públicos municipais aposentados, que reivindicam uma série de melhorias para que tenham mais reconhecimento por parte da prefeitura de Campo Grande.

Durante o encontro, que contou com a presença massiva de aposentados e pensionistas do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), André Luis destacou que um dos principais problemas apontados pelos servidores inativos e pensionistas, como a falta de reajuste dos proventos recebidos, é reflexo da falta da realização de concurso público para a ocupação de cargos públicos na prefeitura da Capital.

“Como nosso sistema de aposentadoria não é baseado na contribuição acumulada ao longo dos anos, mas sim, paga com o recolhimento dos servidores ativos, a conta não fecha, porque falta concurso público para empregar servidores. Hoje temos cerca de 30 mil agentes públicos que não são concursados, então, não recolhem para o IMPCG, mas para a Previdência Social, por isso, existe esse rombo”, explicou.

Ainda de acordo com o vereador, justamente por ter essa contribuição para o regime nacional, a prefeitura precisa pagar mais uma vez a parcela de cada agente público para o Instituto de Previdência Municipal para tentar equilibrar as finanças.

“Com essa forma de captação de recursos para a previdência as contas não fecham, porque tem cada vez menos concursados para contribuir com o IMPCG”, pontuou.

Como uma tentativa de reverter a situação e diminuir a quantidade de comissionados e servidores admitidos por processo seletivo, o vereador afirmou que moveu uma ação civil popular contra o município de Campo Grande, cobrando que o Executivo elimine os cargos deste tipo, contratando apenas por meio de concurso público.

“Quase 30% dos servidores estão em cargos comissionados e não cobrem a dívida do IMPCG. Como a população está envelhecendo cada vez mais, não teremos quem pague a conta dos aposentados. Nós precisamos repensar a forma de contribuição previdenciária no Brasil”, afirmou.

E completou: “Esse é um ponto sensível para todos nós. Não adianta termos o direito se o governo não vai ter o dinheiro para pagar.”

Como encaminhamento final da audiência, ficou decidido que será feito um estudo de viabilidade para que os aposentados que ganham até o teto do piso salarial recebam um auxílio social de R$ 1.250,00 e os que tenham proventos acima deste teto possam ter o acréscimo de 75% do salário mínimo vigente.

O grupo de estudos, que será formado posteriormente, também irá avaliar a possibilidade de que nenhum servidor receba menos de um salário mínimo de aposentadoria e que o Plano de Cargos e Carreiras seja efetivado pela prefeitura da Capital

Por fim, a categoria também pediu a revisão das legislações municipais referentes às contribuições, propondo a isenção da complementação de 14% de colaboração previdenciária. Além disso, pedem que seja realizado concurso público para cargos municipais, evitando a precarização do quadro de servidores e equiparando o número de recolhimento para o IMPCG.

A audiência foi convocada e presidida pelo vereador Prof. Juari por meio da Comissão Permanente de Educação e Desporto da Câmara Municipal de Campo Grande.

Assessoria de Imprensa do TOPS DO MS NEWS.