Não colou! Riedel tenta pegar carona em evento, amarga gritos de Marquinhos e ouve resposta desagradável de Bolsonaro.

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Não colou! Riedel tenta pegar carona em evento, amarga gritos de Marquinhos e ouve resposta desagradável de Bolsonaro.

O pré-candidato do PSDB ao Governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, teve um dia atípico nesta quinta-feira (30), quando fez de tudo para colar sua imagem ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

Empurrado pelo sogro (amigo de Bolsonaro) e pela deputada Tereza Cristina, Riedel tenta colar em Bolsonaro para subir nas pesquisas e ninguém pode dizer que não fez a sua parte. Na chegada ao residencial, para entrega de 300 casas na parceria entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Estado, ele chegou a pendurar na janela do carro, tal como o presidente, ignorando todas as leis de trânsito, mas foi pouco reconhecido.

A situação ficou um pouco pior quando Riedel subiu ao palanque do evento e ouviu gritos de Marquinhos (Marquinhos Trad, ex-prefeito de Campo Grande e também pré-candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul). Sem saber o que fazer, ele apenas sorriu, bastante constrangido.

Em plena pré-campanha, Riedel não é autorizado a falar, mas pode ir ao evento de entrega de casas. Ele tem usado a estrutura do Governo do Estado para tentar alavancar a candidatura, que não aparece muito bem nas pesquisas, mesmo com a força da máquina no Estado.

Riedel também não deve ter vida fácil no próximo evento de Bolsonaro em Campo Grande, a motociata. Capitão Contar, apoiador declarado de Bolsonaro, que também é pré-candidato ao Governo, foi um dos organizadores do evento e promete muito barulho para mostrar ao presidente que está errando ao apostar, a pedido de Tereza e do amigo, em mais um “caronista” do bolsonarismo. Nesta manhã, encurralado entre Contar e Tereza, o presidente foi rápido e tratou de dizer que tem dois candidatos em Mato Grosso do Sul.

O tucano está rebolando para defender Azambuja e Bolsonaro na guerra pelo ICMS do combustível. Ele precisa vender a ideia de que Azambuja não é culpado pelo alto preço do combustível no Estado e, ao mesmo tempo não desagradar apoiadores de Bolsonaro, que culpam o Governo do Estado pelo alto preço.

Riedel fez lembrar uma história famosa, que rendeu apelido curioso a ex-vereadora. Luiza Ribeiro, então PPS, ficou conhecida como “catraquinha” quando pulou a catraca de um ônibus para ficar ao lado do então prefeito, Alcides Bernal. Os próximos dias e pesquisas serão definitivos para dizer se a vergonha valeu à pena e se Bolsonaro terá força para conseguir o que Azambuja parece não ser capaz: eleger um sucessor após um governo com escândalos de corrupção e com aumento de impostos.