O presidente do partido PSD Gilberto Kassab diz vai trabalhar mais por Campo Grande o Prefeito Marquinhos Trad

Kassab do PSD vem dando as cartas sobre as candidaturas do partido e lança projeto em MS amanhã.

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O presidente do partido PSD Gilberto Kassab diz vai trabalhar mais por Campo Grande o Prefeito Marquinhos Trad

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, vem a Campo Grande para oficializar a pré-candidatura do prefeito da Capital, Marquinhos Trad, ao governo de Mato Grosso do Sul no sábado.

Apesar do evento de lançamento, Marquinhos só poderá ser candidato a governador, oficialmente, se renunciar ao mandato de prefeito até o dia 2 de abril.

A reportagem do Veículo de comunicação TOPS DO MS NEWS conversou com Gilberto Kassab antecipadamente e ele, ao ser perguntado sobre a renúncia de Marquinhos, afirmou que essa é uma decisão que cabe apenas ao prefeito, mas acredita que no governo do Estado o correligionário poderá continuar trabalhando por Campo Grande.

“Ele como governador vai poder ajudar mais Campo Grande, ainda mais com essa parceria que ele tem com a vice-prefeita, que seria a futura prefeita”, afirmou Gilberto Kassab, ao se referir à boa relação entre Marquinhos Trad e a vice-prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriota).

“Marquinhos se reelegeu muito bem, tem uma relação com sua vice, muito cordial, de muita cooperação. Ela já está no segundo mandato com ele”, acrescentou o presidente nacional do PSD.

Kassab vem a Campo Grande no sábado acompanhado de seus líderes no Congresso. Trará consigo o líder do PSD na Câmara, o deputado federal Antônio Brito (BA). O líder do PSD no Senado é irmão de Marquinhos, Nelsinho Trad, que também é o presidente da legenda no território sul-mato-grossense.

É Nelsinho Trad que está organizando o evento, agendado para acontecer a partir das 9h (de MS), na Associação Nipo-Brasileira, localizada na Avenida Ministro João Arinos.

A candidatura também é mais um passo que o prefeito da Capital dá rumo à sua saída do cargo, embora ainda exista quem afirme que a decisão de Marquinhos de renunciar à prefeitura para concorrer ao governo ainda não esteja tomada, podendo haver um recuo até 2 de abril, data final para que os candidatos ao Executivo se descompatibilizem de seus cargos da gestão pública.

“Acho que é muito bom para Mato Grosso do Sul ter alguém como Marquinhos como governador. Essa é a razão da minha presença [no evento deste sábado]”, afirmou Kassab à reportagem. Ele ainda emendou, ao ser perguntado da renúncia de Marquinhos: “É uma decisão que é evidente que é dele”, concluiu.  

ALIANÇAS
Em um cenário que vem se desenhando com vários pré-candidatos, situação que torna quase certa a realização de um segundo turno, Marquinhos Trad poderá ter de enfrentar nas eleições políticos como a deputada federal Rose Modesto (no PSDB, rumo ao União Brasil), sua adversária nas eleições para prefeito em 2016; o secretário de Estado de Infraestrutura Eduardo Riedel (PSDB), com o qual manteve aliança até dias atrás; e o ex-governador André Puccinelli (MDB), que já teve Marquinhos como um dos deputados de sua base de apoio durante seu mandato como governador, entre 2007 e 2014.

Por enquanto, o PSD ensaia uma chapa pura, com possivelmente uma aliança com o PSB, do médico e presidente da Cassems, Ricardo Ayache, que recebeu convite para ser vice de Marquinhos.

Ayache, que se mostrou honrado com o convite, disse que ainda não decidiu sobre a aliança e que tomará tal decisão até o início de abril.

No PSD, por ora, a meta – além de eleger Marquinhos ao governo – é reeleger Fábio Trad à Câmara dos Deputados, e possivelmente lançar o juiz aposentado Odilon de Oliveira ao Senado.


IMPASSES
Antes da possível renúncia, porém, Marquinhos Trad terá de enfrentar negociações que poderão lhe trazer desgaste político. Uma delas é a rodada para discutir o reajuste aos professores, que poderá ter um desfecho hoje.

Durante o mês de fevereiro, o prefeito ainda enfrentou protestos de servidores em frente ao Paço Municipal. Na semana passada, um aumento linear de pouco mais de 10% a todos os servidores foi aprovado pela Câmara, mas não foi o suficiente para estancar os protestos dos professores, que cobram pelo menos 34% de aumento neste ano.

Dos possíveis adversários, Marquinhos tem recebido ataques na gestão fiscal. Em fevereiro, chegou a trocar acusações com representantes do governo, queixando-se da queda do repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a Capital do Estado. 

FONTE: TOPS DO MS NEWS.